Sal grosso e reza forte
E entre mortos e feridos, cada um de nos vai sobrevivendo como pode a sexta-feira 13 que lhe cabe. Pois a minha comecou ate simpatica, com uma corrida de taxi ate o jornal, um copinho de plastico com cafe ao lado do teclado e duas materias para fazer no centro da cidade...
"Ah, aqui pertinho, vou a pe."
Do momento em que tive esta fabulosa ideia ate aquele em que voltei ao jornal, devo ter emagrecido uns tres ou quatro quilos _ou nao. Mas eu me recuso a acreditar que nao houve nem mesmo UM ponto positivo no fato de eu ter caminhado feito uma condenada subindo e descendo ladeiras sob um escaldante sol de verao ate as tres horas da tarde.
Ao chegar pisando sobre todos meus calos, exausta e ofegante as tres horas da tarde, ouco minha editora perguntar surpresa:
- Mas o que voce esta fazendo aqui? Esqueceu que hoje eh o seu pescocao?
Enquanto meu rosto se contrai em camera lenta numa expressao de horror e sofrimento, facamos uma pausa para um momento didatico: todas as sextas-feiras, uma parte da editoria entra mais tarde no jornal para trabalhar ate de madrugada. Sabe-se la por que misterios etimologicos, essa pratica ficou conhecida como pescocao.
Ou seja: eu nao precisava ter chegado ao jornal as nove horas.
Ou seja: mesmo assim eu precisaria trabalhar ate de madrugada.
Mas a Pollyana que insiste em morar em mim como um componente fundamental do meu instinto de sobrevivencia ainda tentou ver o lado positivo da situacao:
- Se eu tivesse chegado as quatro horas (como previsto) nao teria tido tempo de fazer minha materia especial.
Ao que a realidade da vida respondeu de pronto:
- Infelizmente com toda essa bomba da Epoca com as denuncias do Waldomiro e tudo o mais etc a sua materia nao vai sair nesse fim de semana.
Em outras palavras:
- Nao adiantou nada voce ter vindo cedo e agora se prepara que a madrugada sera loooonga. E quando eu digo looooonga eu quero dizer looooooooooooooooonga.
Eu tenho eh medo!
E entre mortos e feridos, cada um de nos vai sobrevivendo como pode a sexta-feira 13 que lhe cabe. Pois a minha comecou ate simpatica, com uma corrida de taxi ate o jornal, um copinho de plastico com cafe ao lado do teclado e duas materias para fazer no centro da cidade...
"Ah, aqui pertinho, vou a pe."
Do momento em que tive esta fabulosa ideia ate aquele em que voltei ao jornal, devo ter emagrecido uns tres ou quatro quilos _ou nao. Mas eu me recuso a acreditar que nao houve nem mesmo UM ponto positivo no fato de eu ter caminhado feito uma condenada subindo e descendo ladeiras sob um escaldante sol de verao ate as tres horas da tarde.
Ao chegar pisando sobre todos meus calos, exausta e ofegante as tres horas da tarde, ouco minha editora perguntar surpresa:
- Mas o que voce esta fazendo aqui? Esqueceu que hoje eh o seu pescocao?
Enquanto meu rosto se contrai em camera lenta numa expressao de horror e sofrimento, facamos uma pausa para um momento didatico: todas as sextas-feiras, uma parte da editoria entra mais tarde no jornal para trabalhar ate de madrugada. Sabe-se la por que misterios etimologicos, essa pratica ficou conhecida como pescocao.
Ou seja: eu nao precisava ter chegado ao jornal as nove horas.
Ou seja: mesmo assim eu precisaria trabalhar ate de madrugada.
Mas a Pollyana que insiste em morar em mim como um componente fundamental do meu instinto de sobrevivencia ainda tentou ver o lado positivo da situacao:
- Se eu tivesse chegado as quatro horas (como previsto) nao teria tido tempo de fazer minha materia especial.
Ao que a realidade da vida respondeu de pronto:
- Infelizmente com toda essa bomba da Epoca com as denuncias do Waldomiro e tudo o mais etc a sua materia nao vai sair nesse fim de semana.
Em outras palavras:
- Nao adiantou nada voce ter vindo cedo e agora se prepara que a madrugada sera loooonga. E quando eu digo looooonga eu quero dizer looooooooooooooooonga.
Eu tenho eh medo!