Trois mois
E é isso: depois de três meses
(que eu ainda não sei dizer
se foram os mais longos
ou os mais curtos
três meses da minha vida)
o treinamento acabou.
Acordei, tomei café.
Vim para o jornal a pé.
Um passo depois do outro.
É bom ter isso em mente.
Quando a gente quer correr
seja pra trás
seja pra frente
parar e pensar:
um passo depois do outro.
Vim olhando a paisagem.
Tudo que há três meses não me dizia nada
ou tão pouco
paredes somente
se bonitas se feias
tanto faz, indiferente
calçadas, ruas
espaço de passagem entre o
aqui
e
o
acolá
agora tão minhas, tão minhas
que eu não caminho sozinha.
nem sigo completa.
deixo pedaços de mim pelo chão
...
Mas eu sei que na verdade tudo isso é uma grande besteira da minha parte porque segunda-feira eu estarei aqui novamente fechando o caderno e no decorrer da semana ainda tem algumas provas e entrevistas e se Deus quiser o editor vai falar assim:
- Uau, essa menina é demais!
E logo logo eu serei uma super repórter correndo por aí com meu gravador tec-tec-tec no teclado transcreve a entrevista corta o texto explica verifica e corre pro outro lado da cidade vendo o mundo passar acelerado corra louca corra que a notícia não te espera _corra!
Corra! Corra! Corra!
Aí eu parei.
Com o pé direito a um centímetro do chão.
E o esquerdo no passado.
Nessa posição fiquei, tentando manter o equilíbrio.
Os braços levemente afastados do corpo.
Os olhos fechados.
O medo no meio do umbigo.
Num presente feito do que já acabou e do que ainda não veio.
Um vazio imenso sob os meus pés.
A corda fina. A sapatilha.
A respiração suspensa.
"Um passo depois do outro."
Abri os olhos. Respirei fundo.
E levemente, toquei o chão.
Atravessei a rua.
Cheguei à praça.
E entre as árvores centenárias, retomei o meu caminho, assobiando esta canção:
E é isso: depois de três meses
(que eu ainda não sei dizer
se foram os mais longos
ou os mais curtos
três meses da minha vida)
o treinamento acabou.
Acordei, tomei café.
Vim para o jornal a pé.
Um passo depois do outro.
É bom ter isso em mente.
Quando a gente quer correr
seja pra trás
seja pra frente
parar e pensar:
um passo depois do outro.
Vim olhando a paisagem.
Tudo que há três meses não me dizia nada
ou tão pouco
paredes somente
se bonitas se feias
tanto faz, indiferente
calçadas, ruas
espaço de passagem entre o
aqui
e
o
acolá
agora tão minhas, tão minhas
que eu não caminho sozinha.
nem sigo completa.
deixo pedaços de mim pelo chão
...
Mas eu sei que na verdade tudo isso é uma grande besteira da minha parte porque segunda-feira eu estarei aqui novamente fechando o caderno e no decorrer da semana ainda tem algumas provas e entrevistas e se Deus quiser o editor vai falar assim:
- Uau, essa menina é demais!
E logo logo eu serei uma super repórter correndo por aí com meu gravador tec-tec-tec no teclado transcreve a entrevista corta o texto explica verifica e corre pro outro lado da cidade vendo o mundo passar acelerado corra louca corra que a notícia não te espera _corra!
Corra! Corra! Corra!
Aí eu parei.
Com o pé direito a um centímetro do chão.
E o esquerdo no passado.
Nessa posição fiquei, tentando manter o equilíbrio.
Os braços levemente afastados do corpo.
Os olhos fechados.
O medo no meio do umbigo.
Num presente feito do que já acabou e do que ainda não veio.
Um vazio imenso sob os meus pés.
A corda fina. A sapatilha.
A respiração suspensa.
"Um passo depois do outro."
Abri os olhos. Respirei fundo.
E levemente, toquei o chão.
Atravessei a rua.
Cheguei à praça.
E entre as árvores centenárias, retomei o meu caminho, assobiando esta canção: